quinta-feira, 23 de outubro de 2008

AI QUE SAUDADES DA MINHA INFÂNCIA


Pessoal lembram o meu primeiro post onde eu disse que colocaria textos que eu recebesse e achasse legal? Pois bem este é mais um destes textos não sei quem escreveu mas encherguei vários "Rafaéis" que ficaram lá atrás na minha infância que tanto sinto saudades deliciem-se e encontrem suas crianças perdidas...


“Você sobreviveu... eu também!


COMO ISSO É VERDADE!!! MINHA VIDA FOI ASSIM MESMO!!! TIVEMOS FOI MUITA ALEGRIA E ALMA SOLTA!!! NÃO SOMOS SOBREVIVENTES... FOMOS E SOMOS MEGAVIVENTES!!! PARABÉNS... VOCÊ SOBREVIVEU E EU TAMBÉM... PARABÉNS A TODOS OS MENINOS E MENINAS QUE SOBREVIVERAM AOS ANOS 1930, 40, 50 , 60 E 70!


Primeiro, sobrevivemos sendo filhos de mães que fumavam, bebiam, enquanto 'nos esperavam chegar'... Nem elas nem nós, morremos por isso... Elas tomavam aspirina, comiam queijos curtidos e azulados sem serem pasteurizados, e não faziam teste do pezinho ou de diabetes.

E depois do “traumático” parto NORMAL, nossos berços eram pintados com tintas à base de chumbo em cores brilhantes ‘lead-based’ e divertidas. Não tínhamos tampinhas protetoras para chupetas ou mamadeiras, nem nos frascos de remédios, portas ou tomadas, e quando andávamos nas nossas bicicletas, não usávamos capacetes, isto sem falar dos perigos que corríamos quando pedíamos caronas.

Sendo crianças, andávamos nos carros sem cintos de segurança, air-bags e não ficávamos só nos bancos de trás... E andar no bagageiro ou na carroceria de uma pick-up num dia ensolarado de verão era uma diversão premiada.

Bebíamos água no jardim da mangueira e não de uma garrafa plástica. E era água pura. Compartilhávamos um refrigerante com outros quatro amigos, todos bebendo da mesma garrafa, e ninguém que eu me lembre ficou sequer doente por isso.

Comíamos bolos, pão com manteiga e tomávamos refrigerantes açucarados, mas não ficávamos gordos de ficar lesos, simplesmente porque ESTÁVAMOS SEMPRE BRINCANDO NA RUA, NA CALÇADA, NO QUINTAL, NO JARDIM, OU NA PRAÇA.

Saíamos de manhã e brincávamos o dia inteiro, desde que voltássemos antes das luzes da rua se acenderem. Ninguém conseguia falar com a gente o dia todo. E estávamos sempre bem tanto que sobrevivemos...

Passávamos horas construindo carrinhos de caixote para deslizarmos morro abaixo e só quando enfiávamos o nariz em alguma arvore é que nos lembrávamos que precisava ter freios. Depois de alguns arranhões, aprendemos a resolver isto também, por nossa conta...

Não tínhamos Playstation, Nintendo, Arquivos X , nenhum vídeo game, nem 99 canais de seriados violentos ou novelas peçonhentas, nenhum filme em DVD ou VT ou VHS, nem sistemas de som surround sound, muito menos telefones celulares, ou computadores de bolso, ou Internet ou salas de Chat...

Amigos... TÍNHAMOS AMIGOS... Íamos lá pra fora e os encontrávamos ou conhecíamos de novo! Caíamos de árvores, nos cortávamos, quebrávamos uma canela, um dente, e ninguém processava ninguém por isso. Eram acidentes.

Inventávamos jogos com paus e bolas de tênis e até minhocas e sapos eram dissecados por nós. Cortávamos rabos de lagartixa para ficar olhando nascer um novo, e nos diziam o que ia acontecer se não nos comportássemos, mas nada acontecia nem quando engolíamos uma minhoca pra ser mais valente que o outro.

Íamos de bicicleta ou a pé para a casa de algum amigo e batíamos na porta ou tocávamos a campainha ou simplesmente abríamos a porta e entrávamos e ficávamos conversando com eles ou brincando.

As categorias “Dente de Leite” de futebol tinham jogos de teste, mas nem todo mundo passava nem ficava desesperado. Nem os papais interferiam com suas carteiras ou com suas vozes de poder. Tínhamos que aprender a ficarmos decepcionados. Imagine só!

Quebrarmos uma lei ou outra não resultava em castigo nem bronca homérica? Eles até estavam sempre ao lado da lei e da ordem... E agora? Foi essa geração que produziu alguns dos mais aventureiros solucionadores de problemas, inventores e autores de todos os tempos!

Nos últimos 50 anos nós testemunhamos uma explosão de novidades e novas idéias. Tínhamos liberdade, podíamos errar, fracassar, ter sucesso e responsabilidade, e aprendemos que não há nada melhor que ter NASCIDO LIVRES, POIS SÓ ASSIM APRENDEMOS A VIVER E SOBREVIVER!

VOCÊ que está me lendo provavelmente é um de nós! PARABÉNS! Talvez você queira compartilhar este texto com mais alguém que você conhece e conheceu naquele tempo, no tempo em que tivemos a sorte de sermos crianças, antes que estragassem nossas vidas de vez, nos transformando em bibelôs e barbies, gordos, incapazes, burros e que nunca jogaram bola de gude...”

Sou testemunha fiel de cada palavra escrita acima. Naquela época, viver não matava e nem tinha “Dr. Bactéria” dizendo asneiras no Fantástico. E nem pediatras acochambrados com lojinhas que vendem bugigangas e outras besteiras para torrar dinheiro dos pais. Nós éramos CRIANÇAS FELIZES!

Não é o que eu vejo hoje. Nem na televisão, e nem na vida. Hoje eu vejo um bando de prisioneiros que a “a mãe vai levar, a mãe vai buscar, a mãe paga, o pai deixa”, etc. As crianças não têm culpa disso, não. Incompetentes e escravagistas são os pais.

Preferem enfiar os filhos na frente de uma televisão com uma saco de batatas chips numa mão e uma garrafa de Coca-Cola na outra, engordando feito uns porcos, porque assim se sentem mais seguros.

Pobre gente.

Um comentário:

Raí Pereira disse...

Ai q saudades tbm viu Rafa???
Me remeteu a tempos longíquos....valeu mesmo...
Realmente, eu tive infância...Graças...rss
Bjaum cara